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MAPA atualiza lista de pragas quarentenárias ausentes

MAPA atualiza lista de pragas quarentenárias ausentes

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atualizou a lista de pragas quarentenárias ausentes (PQA) para o Brasil.

De acordo com a Instrução Normativa SDA/MAPA nº 85, foram acrescidas incorporadas 12 pragas ausentes no país, todas de interesse florestal, e que passam a ser regulamentadas, conforme resultado da Análise de Risco de Pragas conduzida pela Organização Regional de Proteção Fitossanitária (ORPF) Cosave (Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul), que engloba Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

A publicação da lista é uma das obrigações do Brasil como membro da Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF), assim como estabelecido na Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais, que prevê que os países devem publicar listas de pragas regulamentadas a fim de que outras nações e parceiros comerciais possam ter mais clareza quanto às ações que cada um toma para evitar a introdução de pragas, uma vez que as medidas fitossanitárias devem ser tomadas para pragas que sejam regulamentadas.

Pragas quarentenárias

São classificadas como pragas quarentenárias ausentes aquelas que ainda não foram relatadas oficialmente no país, e como pragas quarentenárias presentes as que já ocorrem em território nacional, mas têm distribuição restrita e estão sob controle oficial.

A simples presença de organismos vivos (animal, vegetal ou microrganismos) em determinado local pode comprometer a comercialização de produtos, por danificar ou destruir cultivos, plantações e colheitas, e ser uma barreira às exportações.

Cada praga apresenta riscos diferenciados em razão de suas características (reprodução, sobrevivência, capacidade de dispersão etc.) e, por isso, são necessárias ações específicas de controle.

A lista de pragas quarentenárias no Brasil é estabelecida pelo Mapa. Desde 2007, foi estabelecida a lista de pragas quarentenárias ausentes e presentes.

Veja as novas pragas incorporadas à lista PQA:

Coleoptera

Aromia bungii: besouro associado a árvores e à madeira. Ataca diversos hospedeiros, incluindo Populus spp. (álamos) e Salix spp. (salgueiros) e frutíferas do gênero Prunus (pêssego, damasco, ameixa). Atualmente, está presente na Ásia e na Europa.

Chrysobothris mali: é um besouro associado a diversas espécies arbóreas (nozes, álamos, carvalho, salgueiros, olmos, maçã). Importante em viveiros e plantações jovens, bem como para madeira. Presente somente na América do Norte.

Paropsisterna bimaculata: praga de eucalipto. Pode ser introduzida por meio de mudas, plantas ou parte de plantas vivas. Presente na Austrália. Interceptada diversas vezes pelo Reino Unido em uma pteridófita (Dicksonia antarctica) importada da Austrália, planta não hospedeira, demonstrando a capacidade de dispersão através do comércio de outros materiais não hospedeiros.

Paropsisterna m-fuscum: praga de eucalipto. Associado a mudas, plantas ou partes vivas de plantas, arranjo de flores ou como contaminante em produtos não hospedeiros (“espécie caroneira”). Nativa da Austrália e da Nova Guiné e introduzida nos EUA.

Trachymela sloanei e Trachymela tincticollis: ambas as pragas estão associadas a eucalipto e nativas da Austrália. T. sloanei já foi registrada fora de sua região de origem: Nova Zelândia, Estados Unidos e Espanha. Enquanto T. tincticollis, foi encontrada na África do Sul.

Lepidoptera

Dendrolimus spectabilis e Dendrolimus superans: pragas de pinus, assim como de outras espécies arbóreas (Abies, Cedrus, Larix). Presentes na Ásia e Rússia. As lagartas são desfolhadoras e têm causado perdas significativas em plantios de pinus.

Dioryctria zimmermani: os principais hospedeiros são espécies de pinus. Está presente na América do Norte (EUA e Canadá). Associado a mudas e árvores de natal.

Hymenoptera

Ophelimus eucalypti: praga de eucalipto indutora de galhas foliares. Presente na Austrália e Nova Zelândia, sendo uma das pragas mais importantes de Eucalyptus globulus na Nova Zelândia. Ataques intensos provocam a perda da folhagem das ramas terminais, podendo assim matar as plantas.

Selitrichodes globulus: praga de Eucalyptus globulus. Forma galhas em ramos e brotos novos. Espécie recentemente descrita como invasiva na Califórnia (EUA), tendo como origem provável a Austrália.

Hemiptera

Eucalyptolyma maideni: praga de espécies do gênero Corymbia. De origem australiana, foi introduzida na Nova Zelândia e na Califórnia (EUA). Infestações severas ocasionam a desfolha nas plantas hospedeiras.

Fonte: O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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