Superfungo: o que é o fungo Candida auris? Especialistas explicam.

Postado por admin em 02 de junho de 2023

Candida auris é um tipo de fungo que pode causar infecções graves em seres humanos. Foi identificado pela primeira vez em 2009 e tem sido motivo de preocupação em todo o mundo. Em menos de uma semana, três pessoas de Pernambuco foram diagnosticadas com o “superfungo”, e um hospital de alta complexidade deixou de receber novos pacientes para evitar o aumento da contaminação.

O fungo emergente representa grave ameaça à saúde global. Uma característica preocupante da Candida auris é a sua resistência a múltiplos antifúngicos, que são os medicamentos utilizados para prevenir e tratar infecções advindas de fungos. Isso torna o tratamento dessas doenças mais desafiador, pois limita as opções de remédios eficazes.

A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através do contato direto ou com superfícies contaminadas. Além disso, a Candida auris pode sobreviver em superfícies por longos períodos, o que facilita a sua disseminação.

Ao contrário da maioria dos fungos ambientais, o C. auris apresenta tolerância a temperaturas elevadas de 37°C a 42°C. Além disso, conta com uma capacidade de resistir a condições ambientais adversas por longos períodos, adaptando-se fora do hospedeiro humano

Para prevenir a propagação da Candida auris, é importante adotar medidas rigorosas de higiene, como a limpeza e desinfecção adequadas de superfícies e equipamentos hospitalares, a lavagem das mãos e o isolamento apropriado de pacientes infectados.

Desde 2022, este fungo faz parte da lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de patógenos prioritários que trazem risco à saúde. Nos Estados Unidos, a infecção está se espalhando rapidamente e de forma “alarmante”, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Os casos nos EUA quase dobraram em 2021: passaram de 756 para 1.471, de acordo com um relatório da entidade divulgado em março deste ano. Na maioria das infecções diagnosticadas em terras americanas, o fungo era resistente aos tratamentos disponíveis, e por esse motivo o CDC classifica a situação como uma “ameaça urgente relacionada à resistência antimicrobiana”. Muitos pacientes afetados estão em hospitais e lares de idosos.

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